domingo, 25 de novembro de 2007

-> angústias de uma primavera

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365 dias numa vida. o que se pode fazer? o que não se pode? o que de fato se fez. mensurar é um modo de balancear sua produtividade. frustrante é perceber que pouco foi feito, embora muito pareça.

um ano e nada de completo, de significativo. onde estão as coisas extraordinárias? perderam-se no vale do comum, onde nada acontece, a monotonia prevalece e o desânimo impera.

em algum lugar ouvi dizer que "viemos a esse mundo para ser feliz". bom, qualquer que seja o tamanho desse vale, estou saindo dele e onde quer que eu vá, nele não pretendo cair. e se voltar, será para desmistificá-lo. afinal, mesmo no comum há algo de extraordinário, ainda que possamos levar 365 dias para perceber.

27 de novembro. mais uma primavera. estou indo nessa. afinal está chegando o verão. até mais, para quem fica. sigam-me os bons!

Vinícius Lírio.

domingo, 18 de novembro de 2007

-> carta de um animal

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resolvi que não escreveria mais. escrever consumia demais daquilo que eu era. na verdade, o que eu era sem a escrita? um animal faminto em pleno instinto selvagem, sem rumo, sem limites...


e depois, o que eu era com a escrita? um animal faminto em pleno instinto selvagem, sem rumo, sem limites, contando através de cartas minhas proezas.

parar de escrever, então, me traria economia em selos, descanso para as articulações da minha mão, ócio à minha mente e... basta! que venha o sedentarismo!

é isso. carinho,
Vinícius.

agora que terminei, deixe-me selar e colocar no correio mais esta.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

-> o último encontro

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não havia mais tempo, mais tempo para perder ali. aquilo era tudo que se procurava? se ela pudesse sentir seu toque só mais uma vez. mas ele já não estava com ela, ainda que ela o desejasse ali. ela não queria, contudo, esquecer que o presente é uma dádiva. não queria mais perder tempo esperando que ele estivesse com ela. ela sabia que não havia garantia do amanhã.


quantos não sabem o que é o amor? milhões nunca saberão. a gente sabe até que perde, que aquilo era tudo que se procurava: acordar pela manhã com a pessoa amada ao lado e agradecer por ter tudo que procurava. um beijo. um toque. uma promessa de amor. como se cada encontro fosse a última vez em que estariam se vendo.


Vinícius Lírio

domingo, 4 de novembro de 2007

-> por si só

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elas correm por ai
o sol se põe como sempre
o dia segue seu curso
ela também, no seu caminho
em seu trage azul
porque toda lágrima seca por si só.

Vinícius Lírio