sábado, 30 de dezembro de 2006

[ changing ]

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a mudança é uma necessidade implícita ao viver. mudamos desde que somos um projeto [quando não somos planejados, também...].

se pudessemos determinar... o sol sempre estaria reluzente quando quisessemos ir a praia. choveria nas madrugadas. faria frio quando estivessemos perto de quem gostamos para o abraço ficar mais quente e nos sentirmos fisicamente aquecidos pelo outro.

se pudessemos determinar... as mudanças seriam sempre a nosso favor. o mundo se voltaria para para nossos almejes. sim, porque somos ego... porque queremos ser felizes e porque... porque seria o mais justo - assim pensamos.

esquecemos de MUDAR. o mundo é o que vemos dele. a praia num dia de chuva pode ser um excelente cenário para cenas inesquecíveis. as madrugadas com luar e estrelas um bom motivo para ficar acordado durante a noite. o calor perto de quem gostamos poderia estimular o mesmo aquecimento, mas em nossas almas.

que a mudança chegue para todos nos próximos 365 dias. mudanças porque são necessárias ao nosso crescimento. mudanças porque precisamos apreciar praia com chuva, madrugadas com lua, abraços, independente da temperatura...

sorte, sucesso e dias melhores à todos.

Vinícius

sábado, 23 de dezembro de 2006

[ à uma época ]

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é chegada a comemoração de uma época que não volta mais, embora não se canse de ser lembrada.
uma época em que a melancolia prevalece e mesmo nos corações mais duros se nota o reflexo de um sentimento superior.
é tempo de lembrar o que se foi, de pensar no que virá e a viver o que está. é tempo de sentir falta do que não se viveu. de recordar o que queremos que viver. de sentir o que estamos vivendo.
que prevaleça sempre a imagem de que essa é uma época de renovação. o amanhã é sempre a resposta para o hoje e Ele que o diga.
que todos tenham um natal cheio de boas sensações, bons momentos e que fique a esperança de dias melhores sempre.


vinícius lírio


FOTO: Criança Noel. Maceió/AL. Dez.2006.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

[ haicai para um passáro]

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asas de metal sobre o branco
sob o azul de reticências.
grades pra que te quero?

vinícius lírio

FOTO: asas sobre nuvens entre Macéio e Salvador. Por: Vinícius Lírio.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

[ HAICAI ]

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luzes iluminam
a estrada corre sem sentido
enquanto o carro para.

vinícius lírio

P.S.: Vi uma entrevista sobre "Haicais" (poemas curtos, de apenas três versos), achei bacana a estética, além de ser um exercício de concisão. é claro que este primeiro não está dentro das regras do Haicai, trata-se apenas de um esboço reflexo do interesse.
FOTO: Luzes no aslfato do Rio Vermelho. Salvador/Ba. Por: Vinícius Lírio.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

[ F.R.I.E.N.D.S ]

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toda a vida lutamos por independência: dinheiro, família, pessoas, sexo, amor, amizade...

entendemos mal a dependência e por isso brigamos contra ela.

é como uma carga negativa que se carrega. o que se vê está ligado a coisas mais evidentes.

há dependências que são necessárias e, por isso, saudáveis: uma flor depende de várias pétalas, unidas e consonantes para emanar um aroma e uma beleza harmônica. essa harmonia, por sua vez, depende do líquido e oxigênio para se manter. a manutenção dessa harmonia dá os traços de cor e perfume que torna nosso ar mais respirável.

dependência necessária e saudável, porque é espera que vale, já que o necessário vem. quando ocorre o contrário, a flor murcha, as pétalas caem, a harmonia se perde e a razão de ser também. ciclo natural.

com o tempo e um caminho de 'sorte' encontramos do que e de quem depender saudavelmente. porque sabemos de que, quando precisarmos, esse ser/coisa não nos deixará secar.

depender é algo que é inato a todo e qualquer ser, assim como ser objeto de dependência o é.

lancemos mão de nossos dependentes e não os deixemos perder a harmonia. do mesmo modo, busquemos depender de quem nos ajuda respirar um oxigênio mais respirável: F.R.I.E.N.D.S.

vinícius lírio

P.S.: esse post é dedicado a Eduardo Siemens. friend, ever!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

[ I don't missing ]

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a vida tende a nos pregar supresas continuamente, das mais simples às grandiosas.
frases do tipo "quando eu penso que nada de pior vai acontecer..." perdem o sentido, tanto quanto "será que eu vou ser feliz?!"... se soubessemos as respostas e previsões fossem dom de todos a monotonia se instauraria em nossas almas.
geralmente nossa vida se baseia em tentativas de esquecer e isso se torna tão difícil quanto prever coisas. o erro está em tentar esquecer o que não se pode, porque está impregnado em nós. o segredo é aprender a conviver com o que queremos mandar para o inconsciente.
conviver com o que não nos convém é dificil, mas a solução está em preencher o espaço com novas coisas. o bom é saber que tem gente disposta a contribuir, que há coisas conspirando a favor e que você não é um parasita.
não esquecer não é problema. o problema é não saber conviver com pedras no sapato. coloquemos várias meias e ocupemos todo o espaço, pois, como já dizia o físico, "dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar".

vinícius lírio

IMAGEM: Incosciente.

domingo, 26 de novembro de 2006

[ colecionando ciclos ]

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se nossa vida fosse um álbum de figurinhas, seriamos eternos colecionadores... mas de ciclos.
cada página do nosso álbum teria 365 dias [algumas com 366].
para cada dia uma figura que reunisse tudo que aquelas 24 horas nos trouxeram.
haja criatividade para os designers.
material não ia faltar. inspiração tampouco. talvez não sobrassem horas sufientes para o número de dados por figura. cada álbum é reflexo do que somos, de como agimos, de como agiram conosco, de como reagimos e voltamos a agir.
cada figura reflete o quanto aproveitamos, o quanto deixamos de aproveitar, o quanto desperdiçamos, o quanto percebemos e o quanto valorizamos.
cada traço de uma figura delineia as marcas que ficaram, formando as tatuagens da vida que dão origem ao tecido que recobre o corpo humano que veste a nossa alma.
hoje estou colando a última figurinha de mais um álbum. colecionando mais um ciclo, não sei se o melhor, mas mais um. foi. experiência.
é hora de abrir um novo álbum, preparar a cola e esperar que novas figuras sejam criadas.

vinícius lírio

FOTO: figura da vez. Por: Vinícius Lírio

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

[ turn off ]

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queria sair.
a fechadura emperrou quando mais precisava abrir a porta.
quis ligar.
mas não encontrei a linha.
é tão normal querer uma coisa e forças maiores conduzirem a outras.
então vem a questão: até onde chega o domínio de nós mesmos?
até o semáforo reluzir vermelho?
até o relógio denunciar o tempo?
até a última chamada do vôo?
no primeiro quilômero da rodovia?
no 'see ya'?
na falta de paciência?
no mal humor das 5:30?
na espera encerrada?
na réplica que não vem?
até a linha do telefone voltar...
quando a fechadura abrir...
turn off.

vinícius lírio

IMAGEM: sonho perdido. de algum lugar da Web.

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

[ quando vestimos a armadura ]


corre-se para não chegar.

grita-se para não ouvir.

silencia-se para perceber.

joga-se fora para encontrar.

vinícius

P.S.: Clipe de "Na sua estante", Pitty.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

[ quando existia fantasia ]

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se a vida fosse feita de papel
eu queria ser um barquinho por ela nevegar
nas águas do sem fim

se a vida fosse feita de papel
eu queria ser o branco que reluz sua infinitude
coberto pelas luzes que faz transparecer o não sei

se a vida fosse feita de papel
eu seria o lápis por ela a escrever
errando, apagando, eternamente recomeçando

se a vida fosse feita de papel
o mundo seria uma grante tela
onde o Artista mór transcreveu seu semelhante

se nós fossemos de papel
eu seria...

vinícius lírio

sábado, 4 de novembro de 2006

[ a reforma de Maria ]

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Toda parede um dia descasca, todo reboco um dia cede, toda porta um dia racha, toda pintura um dia mancha, todo alicerce um dia precisa ser reforçado.


Foi assim o entorno de Maria.


Maria que furava a parede quando criança para comer a terra que dela saia, saborosa, particular.


Mal sabia Maria que aquela parede era o que lhe protegia.


Um dia Maria, sem notar, deixou que furassem sua parede, provassem da sua terra, conhecessem seu sabor particular.


Assim como aconteceu com Maria quando cresceu, depois de enjoar do sabor da terra, quem dela provou se foi.


Maria também se foi, mas suas marcas na parede ficaram.


Logo veio o reboco como uma tela fina sobre a madeira desgastada. Beleza externa.


Maria também aprendeu a se rebocar. Usava uma tela fina em cores fortes para esconder as marcas de quando deixou provar de sua terra.


Maria passou por inúmeras reformas, talvez mais do que as paredes que a acolheram quando criança.


O reboco é como uma máscara que ilude. Por dentro as paredes estão corroídas, úmidas e já não se sustentam mais.


Se as paredes tivessem feito como Maria, estariam mais seguras. Maria não apenas trocou o reboco, mas derrubou os antigos tijolos de barro. Levantou uma estrutura que, a cada reforma, recebia um novo apoio. Maria reforçou seu alicerce a cada queda.


E assim vai Maria, sem comer terra da parede há mais de 60 anos, enxertando aço no seu alicerce há mais de 70.


Essa é a estória da reforma de Maria. Quem ainda não começou a sua, que comece, porque quanto mais demorar, mais gasto terá com os reparos. Ah, o reboco descasca, viu?! Revelando sem nenhuma tela as marcas e a ação do tempo sobre as nossas paredes. Então que a reforma comece do nosso alicerce primeiro: EU.



vinícius lírio


FOTO: a casa de Maria. Por: Vinícius Lírio.
Residência de minha mãe na infância e adolescência. Bairro do Acampamento, Queimadas-Ba.

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

[ passa-tempo ]

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quando estou só
quando não tenho o que fazer
quando estou chato
quando tenho horas ao vento
quando o tempo não passa

até que o tempo passe
até que apareça o interesse
até que comece o programa
até que o sinal volte
até que o cansaço predomine

passa-tempo
eu jogo
tu jogas
quem ganha? o tempo ocioso...

vinícius


IMAGEM: via do ócio.

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

[ o que não volta mais ]

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perdeu-se as lágrimas fáceis na face lisa, sem manchas.
foi-se o riso solto sem pudor, sem medo do olho, sem limites no olhar.
perdeu-se o impulso visceral, não se corre mais, não se pula mais, as feridas não mais se abrem e as cicatrizes não mais ficam expostas.
não se rebela mais. não grita mais. não chora mais diante do "não". as aflições do coração não são mais mera ansiedade pela hora do jardim.
chegaram as rugas da vida.
as lágrimas agora também são de gastrite.
o riso é conduzido e o choro também.
as feridas são mais intensas, mais profundas, embora menos sangrentas e menos expostas.
a rebeldia se tornou diplomacia. o "não" um impulso. o coração um músculo que pulsa
involuntariamente, mesmo quando quer parar.
"que saudades que eu tenho
da aurora da minha vida
da minha infância querida
que os anos não trazem mais*"
vinícius
*Trecho de "Meus oito anos", de Mario Quintana
FOTO: Olhar de criança. De algum lugar na Web.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

[ déja vú ]

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no horizonte voava uma folha verde. no horizonte voava uma folha verde maNchada de tinta vermelha que escorria fazendo constrate.
escorria uma tinta vermelha numa folha verde. escorria uma tinta vermelha numa folha verde quebrando com a frieza.
a quentura do vermelho caiu sobre um peito. a quentura do vermelho caiu sobre um peito nu e sedento.
um peito nu e sedento queimava em febre. um peito nu e sedento queimava em febre no delírio súbito depois de um banho de chuva inesperado.
um banho de chuva inesperado numa estrada de barro. um banho de chuva inesperado numa estrada de barro com os pés no chão e o coração no céu.
com os pés no chão e o coração no céu num sono leve. com os pés no chão e o coração no céu num sono leve em uma cadeira de espaço coletivo.
numa cadeira de espaço coletivo os ponteiros parecem girar num ritmo lento. numa cadeira de espaço coletivo os ponteiros parecem girar num ritmo lento quando espero soar a mecanicidade me chamando.
quando espero soar a mecanicidade me chamando meu peito soa como um bumbo. quando espero soar a mecanicidade me chamando meu peito soa como um bumbo me lembrando que a realidade bate forte, não é lenta e a possibilidade de se repetir é inexistente.
a palavra de ordem mais pertinente é GRAVE. aperte o rec nos melhores momentos, coisas e oportunidades e os visite na memória sempre que puder, revendo o valor e o significado que eles têm. porque possivelmente eles não mais se farão presentes.
vinícius
FOTO: momento. Por Vinícius Lírio. Mercado Modelo - Salvador - Bahia.

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

[ a fantasia da imortalidade ]

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sabe, você, natural é passear por um ciclo, chegar ao fim dele e aceitar o "the end". entenda que tudo se resume a início, meio e fim.
ei, você! temer a morte é a maior tradução do distanciamento que você mantém desse movimento cíclico. a fantasia da imortalidade se não se torna uma verdade, no mínimo, permeia o seu desejo inconsciente. sim, porque você sente, ama, concretiza, alcança, vive...
entenda, porém, você, que o fim do ciclo da vida é a única certeza irrevogável que pode ter. o depois é que se torna relativo. nasce, cresce, acostume-se, apegue-se como uma flor que cria raizes no jardim. mas não esqueça que, também como ela, um dia será arrancado do solo ou simplesmente secará pela ação do tempo. o fato é que "o sempre" é tempo de mais para a gente.
observe, você! entre o brotar e o secar a flor faz jus a cada segundo de sua existência, exalando um aroma particular, colocando seu traço de cor na massa cinza que nos rodeia, tornando nosso ar mais respirável. já nós, muitas vezes, esquecemos de justificar a existência. deixamos de nos doar, de amar, de manifestar, de ser...
faça, você, do presente o momento. doe cada vez mais para aqueles que lhe rodeia, dando atenção, amor, o ombro, o ouvido, o verbo. porque não sabe até quando estará aqui para doar ou até quando terá a quem o fazer.
ei, você, a imortalidade pode existir. mas enquanto ela não chega acredita no que tocas e lhe dê o sentido completo.
vinícius lírio
FOTO: quando a natureza brota amor. por Vinícius Lírio. UFPE, Recife, agosto/2006.

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

[Não desista de crer nas coisas que você não conhece]

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Abandone o seu manual de instruções fabricado por outrem e foque nas suas próprias necessidades. Levante para uma caminhada enquanto pensa em métodos eficazes para se fortalecer. Permita-se chorar, sentir medo da solidão e errar. Olhe o céu, diga que a sua vida é uma droga e ria depois da besteira que falou, mas não desista de crer nas coisas que você não conhece.


Ouça músicas que lhe remetam a amores antigos, releia cartas escritas e recebidas, esqueça seu endereço por um instante e se perca na cidade. Volte pra casa depois, com o pé sujo de areia, os sapatos nas mãos e se jogue no chuveiro onde as suas lágrimas se perdem em meio a tanta água, mas não desista de crer nas coisas que você não conhece.

Esqueça a data, o horário e as perspectivas para o futuro. Deite no sofá da sala e encare o teto, como se ele fosse o único capaz de entender os seus pensamentos. Depois vire e durma, dormindo... sonhe! Não acorde mais se você não quiser, não sorria mais se a felicidade não te agradar, não me ligue mais se assim melhor lhe couber, mas não desista de crer nas coisas que você não conhece.

Caso alguma ponta de esperança cruze o seu caminho, o caminho até mim continua exatamente no mesmo lugar. Feche meus olhos e peça que eu descubra quem é, enquanto eu aliso as suas mãos tapando a minha visão. Sente ao meu lado e perca as palavras, enquanto eu me viro sutilmente e lhe explico como eu não desisto de crer nas coisas que não conheço.

Eduardo Trindade
P.S.: mais uma parceria no Personal. Esse texto é do cara que sempre me ajuda nos layouts. acho que é uma carta que todos nós escrevemos, ainda que, muitas vezes, só no inconsciente.
FOTO: Vinícius Lírio. Lentes Sony sobre raios num vitrô que voa.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

[ retrô do 9 ]

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setembro está acabando e confesso que GRAÇAS A DEUS. um grande alivo sobrevoa minha face. creio que a leveza da sobrevivência alcançada libera qualquer feição pesada depois de um ciclo cansativo. essas foram as palavras de ordem que nortearam os posts desse mês.
palavra de ordem: RECONHEÇA. observe a si. observe o outro. observe o grupo. perceba suas ações. reafirme ou reformule as convicções. viva e ame. [ a medida do amor // 15/09 ]
palavra de ordem: RECIPROCIDADE. um "olho por olho, dente por dente" na mesma medida, seja para o bem ou para o mal. procuremos, contudo, manter relações que sempre exijam ações recíprocas para o bem. [ se não quisessemos ser tão bons / 07/09 ]
palavra de ordem: SOME. idéias. vontades. humildade. valores. gestos. palavras. porque agregar é sempre é melhor que subtrair. [ nada sei // 10/09 ]
palavra de ordem: humildade. a percepção do outro e das coisas implica apenas um simples olhar sobre o meio. [ forjando convicções // 13/09 ]
eis a palavra de ordem: reconheça-se. retome-se. perceba-se. saber o que há por debaixo das correntezas de nossos "Eu's" se faz urgente para correr com maior segurança até onde nosso rio vai desembocar. [ tempo de narcisos // 20/09 ]
palavra de ordem: PARABÉNS! para a primeira primavera do Personal. novas estações virão. [ #1 // 24/09 ]
palavra de ordem: TATO. acredite no que é concreto de algum modo. tudo que está no plano do "imaterial" e oferece dúvida deve sempre ser tomado como possibilidade, nunca como certeza. [ expectativas // 27/09]
que outubro chegue sob novas vibrações e que novos horizontes se abram para todos.
vinícius.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

[ expectativas ]

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assim que anoitecer uma noite de sono tranquilo, sem sonhos, há de me fazer desligar e passear por lugares desconhecidos, encontrando pessoas igualmente desconhecidas numa existência maior que a que viverei ao acordar.

quando acordar que anoiteça para outra noite de sono tranquilo, sem sonhos.

sonhando que voo mais alto que as massas formadas sob o azul celeste que cobre nossas cabeças. que a queda seja numa bolha de algodão e que da boca não saiam lamentações, mas agradecimentos.

saindo da maicez do algodão que a caminhada traga uma brisa a face. que o sol não queime a pele, apenas lhe dê cor sobre a palidez.

que não canse, transpire em excesso e acabe o líquido. que o ar seja puro e a respiração tranquila.

o som de um rouxinol guia a qualidade dos passos e embala o andamento do ciclo.

um som estridente leva ao tropeço. o despertador do celular lembra que são 5:30 e que mais um dia de trabalho começa. com sonhos quase platônicos, dias longos até o anoitecer, sem vôos altos, sem quedas macias, com sol escaldante e tendo os passos marcados pelo sons que saem dos motores urbanos.

palavra de ordem: TATO. acredite no que é concreto de algum modo. tudo que está no plano do "imaterial" e oferece dúvida deve sempre ser tomado como possibilidade, nunca como certeza.

vinícius

FOTO: Vinícius Lírio. Raios de um Sol através do aço. Aeroporto de Recife, Agosto 2006.

domingo, 24 de setembro de 2006

[ # 1 ]

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um ano. 365 dias. 44 posts.
http://personaletter.blogspot.com... há um ano esse caminho foi criado dentro de um mundo cheio de possibilidades, conhecimento, saberes... futilidades, inutilidades, conhecimento, saberes...
sem muita pretenção. sem saber ao certo a que se destinaria. apenas atendendo à vontade de inserção no desconhecido.
posts esporádicos. desistência. retomada. entendimento. sentido. um ciclo.
possibilidade de expressão do que se sente, do que se pensa, do que se conversa, das conclusões tiradas, dos erros cometidos, das vontades estabelecidas, das expectativas frustradas, das alegrias conquistadas... de mim sobre e para os outros.
amigos, amores e desamores, abstrações, reflexões, incertezas, frustrações e alcances, eu, você. o PersonaLetter trouxe e traz linhas sobre mim com coisas dos outros, que na verdade também somos nós, depende do ângulo.
frequência adquirida sempre que a inspiração ou a necessidade bate. amigos de blogs fiéis. amigos inspiradores sempre presentes. obrigado a todos que passaram por aqui durante as minhas 44 cartas pessoais. que uma nova jornada delas se forme.
em especial devo agradecer a Roger e Eduardo pelo simples fato deles conhecerem as razões da gratidão.
palavra de ordem: PARABÉNS! para a primeira primavera do Personal. novas estações virão.
vinícius
FOTO: Vinícius Lírio. Fogos de artifício no Farol da Barra.

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

[ tempo de narcisos ]

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é engraçado como tempo age sobre nossas cabeças e determina o que somos, como agiremos e como nos encaramos. é quase irônico.


que tudo passa não é novidade. que o tempo cura qualquer coisa, também não. que a dor e a plenitude são efêmeras, é conhecimento antigo. mas o fato de nos darmos conta disso é um processo de reconhecimento de si. o que não é como comprar pão na esquina.

reconhecer quanto se vale, o que merece, o que pode e o que não pode, quando e onde pode chegar... dimensão, espacialidade ou uma viagem interior.

você com você mesmo.

pensar sobre si nem sempre revela coisas boas. somos narcisos por natureza. contudo, nos conhecemos pouco. o espelho nos revela a superfície do rio, escondendo a profundidade das águas.

sugiro uma tentativa de auto-reconhecimento ao fim de cada dia. perguntas simples podem ajudar: o que fiz hoje de bom? o que fiz hoje de ruim? o que fiz hoje?... eis a palavra de ordem: reconheça-se. retome-se. perceba-se. saber o que há por debaixo das correntezas de nossos "Eu's" se faz urgente para correr com maior segurança até onde nosso rio vai desembocar.

vinícius

FOTO: Eduardo Trindade. Passando.

P.S.: Acado o ciclo de frases dos pensadores, quero agradecer a quem colaborou de algum modo para as reflexões acerca dos mesmos. valeu!

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

[ forjando cadeias ]

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estar no alto, elevado por uma escada própria, olhando quem ficou pra baixo, humilhando quem não fez suas escadas, tatuou no braço esquerdo uma imagem forjada: etnocentrismo na veia.
a imagem de que uma escada maior tem mais potencial, mais nobreza, mais, mais, mais... que as com poucos degraus, fez o homem cair várias vezes de alturas que se achou capaz alcançar. era capaz, não teria caído se tivese percebido que outros seres também podiam.
cada cabeça é um mundo. quem tem boca fala o que quer. as palavras voam. quem vê cara não vê coração. etc etc etc... frases criadas pelo ser humano para mascarar as verdades de si. de tanto se disseminar essas idéias, compramo-nas como legítimas e ai de quem discordar. é a era da distorção dos valores pela convenção do que "é isso mesmo e não muda nada".
o ser humano tem subjugado a si mesmo impondo-se uma luta permanente com o meio ambiente. ignorante, coitado. parece não perceber que faz parte dele. que precisa daquilo que o cerca, tanto quanto o meio precisa dele.
palavra de ordem: humildade. a percepção do outro e das coisas implica apenas um simples olhar sobre o meio.
vinícius

domingo, 10 de setembro de 2006

[ nada sei ]

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desde que o mundo é mundo e o ser humano existe impera a necessidade da existência de Verdades.
porque somos egoístas, egocêntricos ou porque necessitamos de algo em que possamos apoiar nossas crenças e valores, a imposição de UMA VERDADE tornou-se quase que imprescindível para formação civilizatória do Homem.
hora após hora. dia após dia. meses... anos... séculos... vidas e mais vidas de conflitos de diversas proporções. razão: a supremacia de uma verdade. religião. política. economia. sociedade. cultura. homem.
a relatividade sempre existiu. embora só tenha ganhado evidência quando um senhor, por volta da década de 1920, colocou em questão idéias segundo as quais o universo, o espaço e o tempo eram vistos como dimensões absolutas e imutáveis da realidade. quando na verdade essas variáveis atuam de forma independente e qualidade diversas.
clichê ou não, ainda é necessário se reconhecer que o que sabemos e acreditamos é uma gota de água na imensidão do oceano. é preciso conjugar o pouco que acreditamos com outras porções de conhecimento para fecundar um universo de saber.
palavra de ordem: SOME. idéias. vontades. humildade. valores. gestos. palavras. porque agregar é sempre é melhor que subtrair.
"Ponha sua mão num forno quente por um minuto e isto lhe parecerá uma hora. Sente-se ao lado de uma bela moça por uma hora e lhe parecerá um minuto. Isto é relatividade". [Albert Einstein]
vinícius

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

[ se não quiséssemos ser tão bons ]

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ser bom hoje se tornou qualidade, tanto quanto ser honesto, ter caráter, entre outros aspectos que, por obrigação, deveriam fazer parte da índole de todo ser humano.
reconhecendo a bondade como um elemento que eleva o caráter humano, as pessoas começaram uma busca permanente por representar, levar ao olhar do outro ações que sinalizassem sua elevação moral.
a verdade é que, os que realmente conseguem ser bons não precisam de evidência, tampouco de reconhecimento. apenas de reciprocidade.
o ser recíproco é o grande problema da humanidade. vê-se muito na relação de troca apenas algo mercantil. mas todo de tipo de relação implica troca. amizade é troca. amor é troca. trabalho é troca. a reciprocidade nada mais é que troca... devolver o que se recebeu.
em resumo, sejamos recíprocos. nem mais, nem menos. nunca somos bons quando queremos ser. sempre seremos melhores quando a intenção for apenas ser.
palavra de ordem: RECIPROCIDADE. um "olho por olho, dente por dente" na mesma medida, seja para o bem ou para o mal. procuremos, contudo, manter relações que sempre exijam ações recíprocas para o bem.
vinícius

terça-feira, 5 de setembro de 2006

[ a medida do amor ]

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a definição do amor sempre foi e continuará a ser uma incógnita. incógnita porque estamos sempre buscando delinear seus traços e, no mesmo passo, enrolando-se na subjetividade de um desenho que sempre dá margens para o indefinível.
somos sós. somos dois. somos coletivos. respectivamente, egoístas, mercantis, seres humanos.
a relatividade impera sobre as cabeças e os corações. uns vêm o quão amplo é o amar. outros vêm o quão limitado pode ser: individualidade. há ainda quem não o veja: nariz no centro do mundo.
a verdade é que o amor está aí. para ser reconhecido, sentido, verbalizado... sem limites. quando se ama a melhor forma de conduzir as coisas é se despreendendo do que pode minimizar e obscurecer esse sentimento.
palavra de ordem: RECONHEÇA. observe a si. observe o outro. observe o grupo. perceba suas ações. reafirme ou reformule as convicções. viva e ame.
vinícius

P.S.: esse é o primeiro post de um ciclo, baseado em frases de grandes pensadores.

domingo, 3 de setembro de 2006

[ retrô agosto.6 ]

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AGOSTO, de Deus ou de alguém mais próximo, está acabando. particularmente, um mês que não traz muitas coisas legais e, como não poderia deixar de ser, ele terminou deixando para setembro eventos não muito legais. mas acabou. passou, deixando palavras de ordem que permearam os pensamentos no mês.

palavra de ordem: SACIE. porque o sentido por si só não diz nada ao nosso ser. a amalgamação do que nos furta o desejo com nossas funções orgânicas é que nos faz alcançar o sublime gosto do prazer saciado. [02/08 - o paradoxo do tamarindo ]
Palavra de ordem: OUSE. faça as coisas sem o medo do que é distante. a distância é um estímulo para locomoção e frustrante para quem acredita estar enraizado no concreto da inutilidade. [ 07/08 - fabulando... ]
palavra de ordem: TRACE... as retas que ligam os pontos, também as que separam. observe tudo por diversos ângulos antes de riscar os traços definitivos de seus desenhos. [ 10/08 - do alfa ao ômega ]
palavra de ordem: RENASÇA... a cada dia. a cada fim de cochilo. a cada acordar. durma quando necessário, mas não deixemos que o sono seja o norte dos nossos dias. [ 14/08 - sono ]
palavra de ordem: IMPONHA-SE. sempre que for necessário faça-se valer pelo que é. acabe com as brechas. não deixe-se dominar pelas 'paixões', afinal um carro só é perigoso quando o motorista se deixa dirigir por ele e não o contrário. [ 18/08 - da alegria à tristeza - parte II ]
palvra - ordem - LEIA. leia - vida - ciclo - pessoas. pessoas - atos - respostas - atos. atos - novo - novamente - palavras - ciclo. [ 19/08 - palavras de um ciclo ]
palavra de ordem: NAVEGUE... até onde não se sabe. nas coisas simples. nos fins de tarde despretensiosos. na brisa das noites estreladas. na companhia desejada. na liberdade retomada. no horizonte que vos espera. [ 23/06 - à uma foto ]
a palavra de ordem hoje é RECUPERAR. façamos renascer em nós a importância do que, pelo costume, pela presença de sempre, tornou-se secundário. tornamo-nos indiferentes a coisas que poderiam dar um novo sentido ao '... nosso de cada dia'. [ 26/08 - fim de dia ]
palavra de ordem: SONORIZE. para se fazer perceber. para perceber. porque tudo é perceptível desde que ressoe e faça-se ouvir. [ 28/08 - percebendo sons ]
a palavra da vez é MUDE. revendo, repensando, transformando.
vinícius
P.S.: Quem for comentar, gostaria que elegesse uma das palavras de ordem e justificasse a escolha. grato.

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

[ percebendo os sons ]

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dó ré mi fá sol lá si... separadas por tons e semitons fazem-se perceber e justificam a audição que nos foi dada.

tudo tem um som. o vento que sopra grave, agudo, médio. o toque dos pés do chão, grave e alto quando pisamos firme, suave quando andamos sentindo o toque de cada parte da sola no chão. silêncio sonoro quando flutamos.
uns mais claros. outros imperceptíveis. mas sempre há um som.
um num grito.
um num aplauso.
um mi num choro.
um num suspiro.
um sol num beijo.
um num rio que corre.
um si numa sirene duvidosa.
um dó, um ré, um mi, um fá, um sol, um lá, um si... um som.
som há em tudo que toca. que sente. que harmoniza. que ressoa. que faz lembrar que existe porque sons produz.
palavra de ordem: SONORIZE. para se fazer perceber. para perceber. porque tudo é perceptível desde que ressoe e faça-se ouvir.

V.L.

IMAGEM: Clave de Sol.

P.S.: Essa semana não postarei. Estou viajando e só volto semana que vem. A todos uma excelente semana e não deixem de voltar aqui a semana que vem.



sábado, 26 de agosto de 2006

[ fim de dia ]

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lá vai ele levando suas chamas quentes para outros olhos, para outras vidas, para outros pedaços de terra.

tão comum. tão especial. tão cotidiano. tão sublime. tão... tão... tão...
nos perguntemos quanto há em nossa carteira agora. se não soubermos exatamente, chegaremos ao aproximadamente, com certeza.
nos perguntemos, agora, quando foi a última vez que olhamos para céu e admiramos a beleza do seu azul, o contraste dos raios quentes do sol com o frio que emana no azul celeste. parabéns a quem conseguiu lembrar.
o mundo moderno faz isso com o ser humano. o aliena de si. o aliena do que o cerca. o aliena... e o ilude, fazendo crer que sabe. que tem 'saber'.
todo dia acordamos, nos banhamos com pressa, comemos mal, trabalhamos por trabalhar [viva os que têm prazer!], comunicamo-nos mal. sobrevivemos.
no fim de um dia há sempre um pôr do sol, num movimento sublime do universo que, por si, distribui democraticamente a luz que dá vida, que aquece. a beleza do quadro que se pinta nesse momento é sem igual. mas de tanto se ver ao fundo - ao fundo do mundo de concreto, do ser sem sangue quente, do mundo que não mais se arrepia - deixou de ser protagonista e se tornou figurante. pena... de nós, claro! que perdemos tamanho espetáculo a cada fim de dia.
a palavra de ordem hoje é RECUPERAR. façamos renascer em nós a importância do que, pelo costume, pela presença de sempre, tornou-se secundário. tornamo-nos indiferentes a coisas que poderiam dar um novo sentido ao '... nosso de cada dia'.
vinícius
FOTO: Pôr do sol por traz do concreto. Por: Vinícius Lírio. Comércio - Baía de Todos os Santos - Salvador/Bahia, ago.2006.

quarta-feira, 23 de agosto de 2006

[ à uma foto ]


além do horizonte é um lugar onde ainda não conseguimos chegar...

porque nosso horizonte nos basta...

porque o que o “além” é muito longe, a estrada é longa e a peleja difícil...

será?!

voar sobre a linha última que nossa visão alcança é de mais para objetividade que nos acorrenta e nos aprisiona em nós mesmos.

o horizonte é uma linha tênue que divide o sentido do que se vive e quer se viver e a inércia de um parasita. o que parece ser dois extremos se resume a dar o primeiro passo, depois outro, outro, outro...

é como crianças de colo: elas conseguem se comunicar, informar, chamar a atenção... para que mais se dentro do horizonte delas as coisas se resolvem?

para a criança o sentido da vida está na descoberta... de si, do outro, do mundo... as correntes da objetividade só começam a acorrentá-la quando viram borboletas independentes... o paradoxo é que as borboletas quando deixam os casulos vão em busca do ‘além’... o ser humano quando se torna independente é que se põe dentro de um casulo.

o “além do horizonte” está tão próximo de nós. ele não precisa ser onde nossa limitada visão não alcança, até porque esse limite é imposto pelos casulos que nos envolvem.

palavra de ordem: NAVEGUE... até onde não se sabe. nas coisas simples. nos fins de tarde despretensiosos. na brisa das noites estreladas. na companhia desejada. na liberdade retomada. no horizonte que vos espera.

afinal, “além do horizonte, existe um lugar”...

V.L.
FOTO: Além do horizonte. Por: Leonardo Rattes. [ www.fotolog.com/tanapauta ]
P.S.: Post em conjunto com Leonardo Rattes.

sábado, 19 de agosto de 2006

[ palavras de um ciclo ]

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descoberta - reflexão - consciência - descoberta - valor - novo - novamente - foi.

foi - vontade - busca - empenho - pedras - dores - resoluções - dentes.
dentes - luta - cansaço - cama - sol - novo - novamente - foi.
foi - madrugada - dia - tarde - noite - ciclo.
ciclo - banho - alma - luz.
luz - pétala - Apólo.
Apólo - Dionísio.
homem.
palavra.
palavra - ordem.
palavra - ordem - LEIA.
leia - vida - ciclo - pessoas.
pessoas - atos - respostas - atos.
atos - novo - novamente - palavras - ciclo.
V.L.
IMAGEM: a menina do pombo. Pablo Picasso.