domingo, 29 de junho de 2008

*por um doce de leite

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Sara,

hoje me lembrei de você. Lembrei do que você era, de como éramos. Juro que faria tudo para não acordar daquele pensamento que seria sonho, se dormindo eu estivesse. Mas, acordei. Deixei você ir, mais uma vez, para longe.

É engraçado como nosso inconsciente nos domina. Sem qualquer impedimento vil da nossa razão, ele nos domina e nos revela o que há por trás de toda e qualquer máscara que venhamos mantendo.

Sabe, outro dia entrei numa padaria para ver se algo me interessava. Eu não estava com fome, nem se quer com vontade de comer algo em especial. Era o mero desejo de entrar para encontrar alguma coisa. Não questionei o desejo e entrei. De repente me deparei com um pote de doce de leite em pasta (você deve lembrar que eu gosto muito doce de leite, de qualquer jeito). Comprei. Ao contrário do que pensei, no entanto, cheguei em casa e não o comi. Coloquei na geladeira e esqueci. Até que no meio da noite, por volta de 3h da manhã, acordei com água na boca. Não errei o caminho.

Você, hoje, está sendo meu doce de leite. A diferença é que está numa geladeira bem mais distante, a qual eu não tenho livre acesso às 3h da manhã. Dormirei com água na boca de você, na certeza de que, ao amanhecer, em alguma outra padaria encontrarei um pote de doce de leite ao meu alcance.

Saudades,
Vinícius.

sábado, 21 de junho de 2008

*metáfora de uma viela

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Liza,

fiz hoje uma boa ação: ajudei uma pessoa que não via muito bem a percorrer melhor seu caminho. Percebi que nem sempre ter a visão nos permite ver as coisas. No final das contas, o caminho sempre esteve ali, mas ele não sabia como passar ou tinha preguiça de passar por lá. Quando o vi naquela incerteza, puxei ele pela mão e o coloquei para fora da viela.

Ironias a parte, a boa ação foi para mim mesmo. Também estava preso na tal viela, pelas mesmas razões, eu acho... o fato é que consegui sair de lá, dei umas voltas pelo calçadão, vi o pôr do sol, senti a brisa no rosto e ao passar em frente da viela, percebi que não queria entrar em nenhum outro lugar que não tivesse saída dos dois lados. Afinal, todo caminho tem que levar a algum lugar.

Estou de volta na semana que vem, se der me espere na estação.

Abraço e lembranças a todos,
Vinícius

domingo, 8 de junho de 2008

*por vir

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Oi,

pensei que fosse encontrar por agora, mas acho que coisas maiores e melhores estão por vir, então, não encontrei. Quando chegar, te mando notícias. Não sei se será preciso. Minha explosão de felicidade será de tamanha dimensão que nos céus dos seis continentes raios luminosos cortarão o infinito refletindo tudo o que me espera. Até lá receberá notícias minhas por bilhetes mesmo...

Por que estou sendo tão breve? Porque é isso mesmo. Uma história curta de quem espera, porque sabe que vai chegar. Enquanto isso, é não tirar os olhos do que está por vir e continuar vivendo.

A gente se vê.

Vinícius