sábado, 21 de junho de 2008

*metáfora de uma viela

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Liza,

fiz hoje uma boa ação: ajudei uma pessoa que não via muito bem a percorrer melhor seu caminho. Percebi que nem sempre ter a visão nos permite ver as coisas. No final das contas, o caminho sempre esteve ali, mas ele não sabia como passar ou tinha preguiça de passar por lá. Quando o vi naquela incerteza, puxei ele pela mão e o coloquei para fora da viela.

Ironias a parte, a boa ação foi para mim mesmo. Também estava preso na tal viela, pelas mesmas razões, eu acho... o fato é que consegui sair de lá, dei umas voltas pelo calçadão, vi o pôr do sol, senti a brisa no rosto e ao passar em frente da viela, percebi que não queria entrar em nenhum outro lugar que não tivesse saída dos dois lados. Afinal, todo caminho tem que levar a algum lugar.

Estou de volta na semana que vem, se der me espere na estação.

Abraço e lembranças a todos,
Vinícius

3 comentários:

Kátia disse...

Olá Vinícius!
Muitíssimo Obrigada pela presença virtuosa em meu cantinho.E ainda mais por saber que é tão soteropolitano quanto eu!(ou será um bahiano?).Ficava torcendo pra ter alguém da minha terrinha por lá e nada.
Seu blog é bem diferente,personal mesmo--como já diz o nome--e eu estou lá escrevendo um post e vi sua mensagem chegar.
Olha,obrigada e...volte!
Abraços!
:)
Ah!Fazer boas ações não nos faz ser melhores para os outros e sim para nós mesmos.
Parabéns pela sua e que continue a fazer!

Elenita de Castro disse...

Sim, sim. O texto é de minha autoria, mocinho.

Mas retomando... Acredito que verdadeiras boas ações são quase impossíveis de serem cometidas, elas acontecem quase que como um lapso. Algo que foge ao nosso controle. Que não sabemos que estamos fazendo até que alguém nos avisa que estamos. Ou que fizemos.

Sempre que fazemos uma boa ação e sabemos que estamos fazendo, a boa ação acaba sendo pra nós mesmos. E a partir daí perde o caráter solidário que ela deveria ter. Porque o bem que fazemos, respinga em nós mesmos.

Um viva verdadeiro para quando fazemos o bem e recebemos tapas como forma de pagamento.

Dário Souza disse...

Vinicius ao ler seu blog,senti uma sensação de volta aos tempos de minha infãncia,com contos e relatos tao bonitos,como pode alguem de tao grandioso talento, nao estar nas grandes midias deste país.Acrescento mais,você é um poeta do novo século,o novo Machado de Assis.Parabens.