domingo, 16 de janeiro de 2011

Transição [part. II]

Hey, tudo passa num compasso e numa melodia que não ritmei sobre a qual deslizo sem freios vendo e revendo o que não quero não do modo que queria pintado num quadro de mau gosto em cores que me excluem da aquarela como se por ela nunca tivesse passado e agora fosse apenas um traço no rascunho do que seria essa melodia e essa tela pintada em cores que não gosto porque nelas não me vejo nem revejo apenas deslizo sem freios num compasso que não ritmei para chegar ao meio do que teve um início e espera por um fim num passo ritmado como essa sentença quase sem pontuação e apenas uma vírgula para saber que falo com você...

to be continued


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A espera

Hey,

sou filho de um senhor que nunca me favorece, que nunca respeita minhas necessidades, minhas angústias, meus desejos e ânsias.
Sou filho de um senhor que não respeita nenhum dos pronomes possessivos que eu venha a usar e abusar, embora muitos me pertençam por uso ou apropriação.
Sou filho de um senhor que não posso ver, falar ou tocar, apenas o sinto, vivo e atuante, operando independente de mim, sobre mim, sempre.
Por que não me absorve de uma vez?
Por que a espera?
Por que tão logo?
Por que, Tempo?