quarta-feira, 23 de agosto de 2006

[ à uma foto ]


além do horizonte é um lugar onde ainda não conseguimos chegar...

porque nosso horizonte nos basta...

porque o que o “além” é muito longe, a estrada é longa e a peleja difícil...

será?!

voar sobre a linha última que nossa visão alcança é de mais para objetividade que nos acorrenta e nos aprisiona em nós mesmos.

o horizonte é uma linha tênue que divide o sentido do que se vive e quer se viver e a inércia de um parasita. o que parece ser dois extremos se resume a dar o primeiro passo, depois outro, outro, outro...

é como crianças de colo: elas conseguem se comunicar, informar, chamar a atenção... para que mais se dentro do horizonte delas as coisas se resolvem?

para a criança o sentido da vida está na descoberta... de si, do outro, do mundo... as correntes da objetividade só começam a acorrentá-la quando viram borboletas independentes... o paradoxo é que as borboletas quando deixam os casulos vão em busca do ‘além’... o ser humano quando se torna independente é que se põe dentro de um casulo.

o “além do horizonte” está tão próximo de nós. ele não precisa ser onde nossa limitada visão não alcança, até porque esse limite é imposto pelos casulos que nos envolvem.

palavra de ordem: NAVEGUE... até onde não se sabe. nas coisas simples. nos fins de tarde despretensiosos. na brisa das noites estreladas. na companhia desejada. na liberdade retomada. no horizonte que vos espera.

afinal, “além do horizonte, existe um lugar”...

V.L.
FOTO: Além do horizonte. Por: Leonardo Rattes. [ www.fotolog.com/tanapauta ]
P.S.: Post em conjunto com Leonardo Rattes.

7 comentários:

Anônimo disse...

Oi Vinicius, vi seu texto no flog de Leo e achei bem legal!!! Parabéns, façam essa dobradinha mais vezes... bjus

Anônimo disse...

Modesto vc ehn?!! hehehe
brincaderinha, mas realmente ficou muito bom o texto!!! Passarei sempre e comentarei!!! Boa dia, Bjão

Anônimo disse...

Sim, de acordo com o que Rogério falou, eu pensei que eu não fosse entender nada do seu post, como sempre muito filosofico... mas eu consegui entender, devido à situação na qual estou estagnado.

Eu acredito que agora eu preciso alcançar novos horizontes, enxergar através da dor e pensare no dia de amanhã sem que o ontem interfira de forma brusca. Preciso sair do meu casulo e ir atrás de experiencias novas, nao movidas pelo o amor e nao regadas por lágrimas. Eu preciso aprender a ser só porque essa é a certeza que a gente tem na vida: familia morre, amores acabam e amigos, um dia, tambem enfrentam o mesmo destino citado para a família. Você continua vivo... mas quando voce morre, aí você não existe mais e aí a bola passa pra outro.

Para que mais se eu tenho amor, amado e felicidade? Sim, eu preciso de mais... eu preciso de meu próprio horizonte onde ninguém consiga adentrar as suas portas!

Vinícius disse...

novo post no meio dos comments.

valeu, Monstro da meia-noite.

Douglas disse...

Gostei disso que vc escreveu...além de bonitas palavras, são meio "tranquilizantes"...gostei mesmo!
Esses "casulos" que nos envolvem às vezes tomam a direção de tudo, e é difícil reconhecer isso...

Abração!!!

Flávia disse...

porque o horizonte é só um conceito para dizer o quanto nos limitamos! :) Adorei o post!
Etiquetei vc,então, se vc ainda não topou o desafio passa lá no meu blog e dá uma olhada!Bjus

Flávia disse...

Acho que é mais ou menos assim, vc escreve umas 6 coisas sobre vc e indica seis amigos para fazerem o mesmo...coisa de doido né? heheheh :)