sábado, 26 de agosto de 2006

[ fim de dia ]

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lá vai ele levando suas chamas quentes para outros olhos, para outras vidas, para outros pedaços de terra.

tão comum. tão especial. tão cotidiano. tão sublime. tão... tão... tão...
nos perguntemos quanto há em nossa carteira agora. se não soubermos exatamente, chegaremos ao aproximadamente, com certeza.
nos perguntemos, agora, quando foi a última vez que olhamos para céu e admiramos a beleza do seu azul, o contraste dos raios quentes do sol com o frio que emana no azul celeste. parabéns a quem conseguiu lembrar.
o mundo moderno faz isso com o ser humano. o aliena de si. o aliena do que o cerca. o aliena... e o ilude, fazendo crer que sabe. que tem 'saber'.
todo dia acordamos, nos banhamos com pressa, comemos mal, trabalhamos por trabalhar [viva os que têm prazer!], comunicamo-nos mal. sobrevivemos.
no fim de um dia há sempre um pôr do sol, num movimento sublime do universo que, por si, distribui democraticamente a luz que dá vida, que aquece. a beleza do quadro que se pinta nesse momento é sem igual. mas de tanto se ver ao fundo - ao fundo do mundo de concreto, do ser sem sangue quente, do mundo que não mais se arrepia - deixou de ser protagonista e se tornou figurante. pena... de nós, claro! que perdemos tamanho espetáculo a cada fim de dia.
a palavra de ordem hoje é RECUPERAR. façamos renascer em nós a importância do que, pelo costume, pela presença de sempre, tornou-se secundário. tornamo-nos indiferentes a coisas que poderiam dar um novo sentido ao '... nosso de cada dia'.
vinícius
FOTO: Pôr do sol por traz do concreto. Por: Vinícius Lírio. Comércio - Baía de Todos os Santos - Salvador/Bahia, ago.2006.

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi Vinicius, vc pediu pra passar aqui e olha só, tô aqui novamente, adorei o texto anterior e esse tb está maravilhoso, vou virar fã... hehehe

Flávia disse...

Se vc não tem medo de pegar frieiras pode rsrsrsrs :)
Bom domingo!

Douglas disse...

Olha, eu sou uma dessas pessoa que por mais que eu fale que gosto dessas coisas "pequenas" (grandes), acabo neglienciando tanta coisa boa e próxima de mim, como o céu, que pode abrir uma porta pra pensamentos, pra reflexõs, ou para simplesmente contemplar tamanha beleza...

Abração!