sexta-feira, 6 de outubro de 2006

[ a fantasia da imortalidade ]

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sabe, você, natural é passear por um ciclo, chegar ao fim dele e aceitar o "the end". entenda que tudo se resume a início, meio e fim.
ei, você! temer a morte é a maior tradução do distanciamento que você mantém desse movimento cíclico. a fantasia da imortalidade se não se torna uma verdade, no mínimo, permeia o seu desejo inconsciente. sim, porque você sente, ama, concretiza, alcança, vive...
entenda, porém, você, que o fim do ciclo da vida é a única certeza irrevogável que pode ter. o depois é que se torna relativo. nasce, cresce, acostume-se, apegue-se como uma flor que cria raizes no jardim. mas não esqueça que, também como ela, um dia será arrancado do solo ou simplesmente secará pela ação do tempo. o fato é que "o sempre" é tempo de mais para a gente.
observe, você! entre o brotar e o secar a flor faz jus a cada segundo de sua existência, exalando um aroma particular, colocando seu traço de cor na massa cinza que nos rodeia, tornando nosso ar mais respirável. já nós, muitas vezes, esquecemos de justificar a existência. deixamos de nos doar, de amar, de manifestar, de ser...
faça, você, do presente o momento. doe cada vez mais para aqueles que lhe rodeia, dando atenção, amor, o ombro, o ouvido, o verbo. porque não sabe até quando estará aqui para doar ou até quando terá a quem o fazer.
ei, você, a imortalidade pode existir. mas enquanto ela não chega acredita no que tocas e lhe dê o sentido completo.
vinícius lírio
FOTO: quando a natureza brota amor. por Vinícius Lírio. UFPE, Recife, agosto/2006.

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