Como está tudo por aí? Continua trabalhando na assistência ou resolveu abandonar "gente"?
E por falar em gente, essa noite, enfim, fiquei só. Foi bom, pude avaliar como é ficar sozinho. Não gostei muito da sensação, embora o silêncio tenha uma ótima sonoridade.
Senti como se uma bolha inquebrável me envolvesse e por mais que um mundo cheio de possibilidades circulasse por fora, não conseguia perfurar aquela límpida camada azul e, paradoxalmente, sair para entrar (e viver). Ainda que visse aquilo tudo a minha disposição.
Quando enfim me dispus a sair, não pude. Estava preso por uma muralha interna que limitava minhas vontades. Vi como podemos, numa noite, Isa, passar de vida a sobrevida.
Mas o dia amanhaceu e tive que enfretar o barulho da realidade, que não me conforta e me obriga a conviver com ele.
Falar em realidade, a minha me chama. Tenho que ir. Em breve volto a te escrever.
Forte abraço e lembraças a seus pais.
Vinícius