o mundo moderno sugere e impõe que tudo é efêmero... instântaneo.
quem consegue exergar isso? a instantaneidade... falamos, teorizamos e pouco provamos.
o dia começa, uma luz emana do infinito e revela um jogo imagético tão perfeito que nem damos atenção. talvez por ele não revelar nuances equivocadas. uns raios sobre os corpos fecundam uma nuance escura e pouco opaca, que nos acompanha durante todo o dia e a noite também - sobre outra motivação. o dia vai acabando, a nuance deixa de ser natural e ganha reforço de artifícios, mas ainda assim se faz presente. enquanto há luz, essa nuance escura está lá. a sombra.
nossa sombra é o reflexo de que as coisas passam [e passam de pressa]. quantas direções as sombras ganham no decorrer do dia, com a mudança de ângulo da luz maior?! a estabilidade vem pra ela quando o artifical se impõe e a referência se perde. porque vários são as fontes e pouco são os focos.
é necessário que percebamos que, tal como a sombra, nós também passamos. a diferença é que a luz não pode determinar o que somos. nós é que temos que fazer a luz refletir o que eramos, em que nos transformamos e o que queremos ser.
palavra de ordem: FOQUE. no que quer. no que não quer. no que é e no que não quer ser. não se perca de vista para que não roubem sua sombra e apaguem sua luz.
V.L.
P.S.: hoje não postei imagem porque o blogspot não deixou. :/